O acompanhamento médico e a realização da mamografia a partir dos 40 anos são fundamentais para um bom prognóstico. Se diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem uma chance de cura de até 95%", ressalta o oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, José Rodrigues Pereira.
- Como o câncer de mama é diagnosticado?
São 4 as classificações do estágio do câncer. No tipo 0 é raro que ele seja detectado na forma de nódulo. Por isso é importante os exames de rotina para a identificação de canceres o quanto antes - quanto mais cedo descoberto, mais chances de cura. O rastreamento de câncer de mama com mamografia anual é indicado em mulheres a partir de 40 anos, conforme recomendado pela Sociedade Brasileira de Mastologia. Nos casos suspeitos, a confirmação do diagnóstico de câncer de mama é feito por meio da biópsia de lesões identificadas na mamografia, ultrassom, ressonância mamária ou exame clínico.
Autoexame
É o exame feito pela própria mulher para detectar quaisquer diferenças na mama, como nódulos e deformações. É indicado que ele seja feito mensalmente, no mínimo, mas a facilidade de realização torna possível fazê-lo mensalmente, após o banho, por exemplo. Mulheres com mais de 40 anos (ou mais cedo, se houver histórico familiar) não devem confiar tão somente no autoexame de mama. Na maioria dos casos, quando é possível detectar algum nódulo pela palpação das mamas, é sinal de que o tumor não está mais em estágio inicial.
Considerando as evidências atualmente disponíveis, não se pode recomendar ou fomentar o ensino do autoexame como método de rastreamento. O autoexame da mama é um assunto bastante controverso no meio médico, pois não foi evidenciada diminuição da mortalidade por câncer de mama com o uso do autoexame. O importante é que a mulher que faz o autoexame se conhece e permite notar qualquer alteração inicial nas mamas. Menos de 10% dos tumores de mama são identificados por meio do autoexame. Ele não deve ser considerado como substituto à realização da mamografia.Quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura. Por isso, é importante que toda mulher de 50 a 69 anos faça mamografia todo ano. Segundo o Inca, o autoexame não é estimulado como medida de detecção. Entretanto, o Inca destaca a importância de que a mulher esteja atenta ao seu corpo e à saúde das mamas. A recomendação é que, diante da observação de qualquer alteração ou mudança em um autoexame nas mamas, busque imediatamente a avaliação de um médico.
É o exame feito pela própria mulher para detectar quaisquer diferenças na mama, como nódulos e deformações. É indicado que ele seja feito mensalmente, no mínimo, mas a facilidade de realização torna possível fazê-lo mensalmente, após o banho, por exemplo. Mulheres com mais de 40 anos (ou mais cedo, se houver histórico familiar) não devem confiar tão somente no autoexame de mama. Na maioria dos casos, quando é possível detectar algum nódulo pela palpação das mamas, é sinal de que o tumor não está mais em estágio inicial.
Considerando as evidências atualmente disponíveis, não se pode recomendar ou fomentar o ensino do autoexame como método de rastreamento. O autoexame da mama é um assunto bastante controverso no meio médico, pois não foi evidenciada diminuição da mortalidade por câncer de mama com o uso do autoexame. O importante é que a mulher que faz o autoexame se conhece e permite notar qualquer alteração inicial nas mamas. Menos de 10% dos tumores de mama são identificados por meio do autoexame. Ele não deve ser considerado como substituto à realização da mamografia.Quando diagnosticado precocemente, há até 95% de chance de cura. Por isso, é importante que toda mulher de 50 a 69 anos faça mamografia todo ano. Segundo o Inca, o autoexame não é estimulado como medida de detecção. Entretanto, o Inca destaca a importância de que a mulher esteja atenta ao seu corpo e à saúde das mamas. A recomendação é que, diante da observação de qualquer alteração ou mudança em um autoexame nas mamas, busque imediatamente a avaliação de um médico.
Quando e como o autoexame deve ser feito?
O autoexame deve ser realizado mensalmente e logo após o período menstrual. De frente ao espelho e durante o banho, com um braço elevado atrás da cabeça e o outro dedilhando a mama em busca de retrações ou nódulos. Encerre com uma suave pressão sobre o mamilo em busca de saída de alguma secreção. Ao notar qualquer mudança procurar imediatamente o mastologista. É importante saber que o autoexame não é um exame de prevenção; ele somente detecta quando o câncer já está instalado.
Há três formas de realizar o autoexame, veja abaixo:
No chuveiro
Usando as pontas dos dedos, apalpe um dos seios fazendo movimentos circulares, de fora para o centro, verificando toda a mama e a área da axila. Verifique ambas as mamas todo mês para ver se sente algum nódulo ou espessura estranha. Observe as alterações.
Foto/reprodução: nationalbreastcancer.org
Em frente ao espelho
Fique despida de frente ao espelho. Levante o braço e com a mão oposta faça movimentos circulares com as pontas dos dedos indicador e médio, sentindo a consistência da mama. Faça uma pressão suave com os dedos nos mamilos e na aréola, observando se sai algum líquido. Apalpe também a região da axila indo em direção a mama, procurando por caroços. Procure por qualquer mudança nos dois seios, no tamanho, no formato ou cor, incluindo vermelhidão ou ondulações.
Foto/reprodução: nationalbreastcancer.org
Deitada
Quando se está deitada, o tecido mamário se espalha uniformemente ao longo da parede torácica. Coloque um travesseiro abaixo dos seus ombros e, com o braço levantado e a mão atrás da nuca (em gestos alternados), faça o mesmo procedimento de apalpar os seios e região das axilas através de movimentos circulares. Caso perceba alguma característica que fuja do normal, marque uma consulta com o ginecologista e informe-o sobre as alterações observadas.
Foto/reprodução: nationalbreastcancer.org
Até os 40 anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a investigação das lesões mamarias através de ultrassonografia, e após essa idade a recomendação é a mamografia anual. A ressonância nuclear magnética das mamas está indicada para esclarecimento diagnóstico quando outros exames são inconclusivos. Se já houveram casos da doença na família, é bom estar alerta desde muito cedo para evitar reincidência.
Quem tem casos na família deve aumentar a frequência de exames?
Sim. Em caso de histórico familiar (principalmente em se
tratando de mãe, irmã ou filha), recomenda-se começar os exames de rastreamento
dez anos antes da idade em que o parente de primeiro grau foi diagnosticado. Se
a mãe, por exemplo, desenvolveu a doença aos 40 anos o aconselhável é fazer a
primeira mamografia aos 30 anos. Especialmente neste grupo de alto risco é
recomendado o exame de ressonância magnética anual.
Exame clínico
É o mesmo procedimento feito em casa pela própria mulher, mas efetuado por um médico. É indicado que este seja feito junto com a consulta ginecológica a cada seis meses. Além do ginecologista, existe o mastologista, um profissional especializado em mamas. Em caso de dúvidas, o ginecologista pode encaminhar a paciente ao mastologista. É bom lembrar, também, que a mamografia não substitui o exame clínico, já que alguns nódulos não aparecem na mamografia, mas são palpáveis.
Mamografia
É um raio-x feito em um aparelho especial que comprime a mama entre duas placas de acrílico. Devido à pressão, esse pode ser um processo incômodo, principalmente se as mamas estiverem doloridas, como ocorre antes da menstruação. Por isso é indicado fazer esse exame cerca de uma semana após ter menstruado. Este exame é obrigatório para mulheres após os 40 anos e já a partir dos 35, caso existam casos de câncer mamário na família. É feito, geralmente, uma vez por ano. A mamografia costuma apresentar sensibilidade em torno de 80%. Em alguns casos, entretanto, procedimentos complementares são necessários. Entre 20% e 35% das lesões detectadas precisam ser avaliadas por outros métodos.
No dia do exame não é aconselhado passar nenhum tipo de cosmético, nem mesmo desodorante. Afinal, ninguém quer que os resíduos que eles deixam na pele prejudiquem as conclusões.
A maior parte das mulheres afirma que não sentem dor durante o exame, apenas um incômodo que vai de leve a moderado. Porém, quem sofre com a pressão exercida pelas máquinas sobre as mamas, deve realizar a mamografia logo após a menstruação, nestes dias a mama fica menos tensa ocasionando menos dor.
O intervalo de um ano entre um teste e outro facilita que em caso de um possível tumor a doença seja descoberta no início. Um dos segredos no tratamento do câncer é o diagnóstico precoce.
Tomossíntese
Na mamografia tomográfica, ou tomossíntese, o equipamento é semelhante a um mamógrafo digital. Trata-se de uma tecnologia que adquire uma série de imagens bidimensionais (2D) da mama comprimida durante o deslocamento em arco do tubo de raios-x. Com a ajuda do computador, reconstrói-se a mama tridimensionalmente. Assim, com imagens em lâminas correspondentes a um milímetro de espessura, a detecção de lesões sutis é ampliada e a localização espacial torna-se muito melhor. Trata-se de um método que traz aumento de sensibilidade (maior detecção de câncer) e especificidade (menos falso-positivos). Esse exame deve ser realizado com a mesma frequência da mamografia, não sendo necessário realizar ambos no mesmo ano.
Ultrassonografia
A ultrassonografia difere da mamografia porque não comprime a mama nem usa raio-X. O aparelho é passado sobre a mama com gel e fornece imagens em tempo real do interior da mama. É usada em mulheres jovens, pacientes de alto risco ou em nódulos palpáveis, para avaliar alterações diagnosticadas na mamografia ou ressonância magnética. O médico é quem recomenda esse tipo de exame, não havendo, assim, periodicidade indicada.
Estudo Doppler
É um método adicional do ultrassom, feito em aparelho semelhante, que ajuda a decidir se a alteração detectada pela ultrassonografia merece ser biopsiada ou acompanhada. Consiste em avaliar o fluxo sanguíneo através dos vasos para constatar se há vascularização ou não em um nódulo mamário, o que, em alguns casos, fornece informações adicionais sobre a natureza do nódulo.
Elastografia
É um método considerado revolucionário por oferecer uma nova informação na área da imagem. É capaz de avaliar o grau de elasticidade ("dureza") dos tecidos normais e doentes. Os tumores nocâncer de mama são duros e fixos, enquanto o tecido mamário saudável é mais mole e flexível. Assim é possível fazer uma diferenciação mais clara e evitar falso-positivos. Assim como o Doppler, é um método adicional ao ultrassom.
Ressonância Magnética
Combinando campos magnéticos, ondas de rádio e sistemas de computador para obter imagens tridimensionais, esse exame sem radiação é utilizado para ver a extensão de uma alteração registrada na mamografia ou no ultrassom. A realização é discutida e decidida pelo médico que estiver tratando a paciente. A RM é o exame que melhor define a situação em pacientes com suspeita de rompimento de prótese.
Biópsia
É o único exame capaz de diagnosticar o câncer ao examinar minuciosamente o tipo do tecido doente. Retira-se um pedaço do nódulo suspeito por meio de uma pequena cirurgia (ou com agulhas, dependendo do tipo de nódulo). O material é analisado e, caso necessário, faz-se a cirurgia para retirada do tumor alguns dias depois. Existem vários tipos de cânceres de mama que podem se apresentar de diferentes formas. Alguns como calcificação, outros como nódulos e outros que infiltram o tecido normal de uma forma tão sorrateira que não podem ser distinguidos nem pela mamografia, nem por outros métodos.
Alguns nódulos malignos têm as mesmas características dos benignos nos exames de imagem. A velocidade de crescimento dos tumores também é outro fator importante. Os de crescimento rápido aparecem no intervalo entre as mamografias anuais. As mulheres devem consultar um ginecologista pelo menos uma vez ao ano, quando, através de exame clínico, avaliação da história familiar e pessoal, ele poderá definir o tipo de exame mais indicado.
Caso a paciente note qualquer alteração nas mamas (como nódulo palpável, descamação no mamilo, secreção espontânea de cor clara ou com sangue, retração do mamilo ou da pele, etc.), deve procurar imediatamente um médico ginecologista ou mastologista para investigar a alteração.
É o mesmo procedimento feito em casa pela própria mulher, mas efetuado por um médico. É indicado que este seja feito junto com a consulta ginecológica a cada seis meses. Além do ginecologista, existe o mastologista, um profissional especializado em mamas. Em caso de dúvidas, o ginecologista pode encaminhar a paciente ao mastologista. É bom lembrar, também, que a mamografia não substitui o exame clínico, já que alguns nódulos não aparecem na mamografia, mas são palpáveis.
Mamografia
É um raio-x feito em um aparelho especial que comprime a mama entre duas placas de acrílico. Devido à pressão, esse pode ser um processo incômodo, principalmente se as mamas estiverem doloridas, como ocorre antes da menstruação. Por isso é indicado fazer esse exame cerca de uma semana após ter menstruado. Este exame é obrigatório para mulheres após os 40 anos e já a partir dos 35, caso existam casos de câncer mamário na família. É feito, geralmente, uma vez por ano. A mamografia costuma apresentar sensibilidade em torno de 80%. Em alguns casos, entretanto, procedimentos complementares são necessários. Entre 20% e 35% das lesões detectadas precisam ser avaliadas por outros métodos.
No dia do exame não é aconselhado passar nenhum tipo de cosmético, nem mesmo desodorante. Afinal, ninguém quer que os resíduos que eles deixam na pele prejudiquem as conclusões.
A maior parte das mulheres afirma que não sentem dor durante o exame, apenas um incômodo que vai de leve a moderado. Porém, quem sofre com a pressão exercida pelas máquinas sobre as mamas, deve realizar a mamografia logo após a menstruação, nestes dias a mama fica menos tensa ocasionando menos dor.
O intervalo de um ano entre um teste e outro facilita que em caso de um possível tumor a doença seja descoberta no início. Um dos segredos no tratamento do câncer é o diagnóstico precoce.
Na mamografia tomográfica, ou tomossíntese, o equipamento é semelhante a um mamógrafo digital. Trata-se de uma tecnologia que adquire uma série de imagens bidimensionais (2D) da mama comprimida durante o deslocamento em arco do tubo de raios-x. Com a ajuda do computador, reconstrói-se a mama tridimensionalmente. Assim, com imagens em lâminas correspondentes a um milímetro de espessura, a detecção de lesões sutis é ampliada e a localização espacial torna-se muito melhor. Trata-se de um método que traz aumento de sensibilidade (maior detecção de câncer) e especificidade (menos falso-positivos). Esse exame deve ser realizado com a mesma frequência da mamografia, não sendo necessário realizar ambos no mesmo ano.
Ultrassonografia
A ultrassonografia difere da mamografia porque não comprime a mama nem usa raio-X. O aparelho é passado sobre a mama com gel e fornece imagens em tempo real do interior da mama. É usada em mulheres jovens, pacientes de alto risco ou em nódulos palpáveis, para avaliar alterações diagnosticadas na mamografia ou ressonância magnética. O médico é quem recomenda esse tipo de exame, não havendo, assim, periodicidade indicada.
Estudo Doppler
É um método adicional do ultrassom, feito em aparelho semelhante, que ajuda a decidir se a alteração detectada pela ultrassonografia merece ser biopsiada ou acompanhada. Consiste em avaliar o fluxo sanguíneo através dos vasos para constatar se há vascularização ou não em um nódulo mamário, o que, em alguns casos, fornece informações adicionais sobre a natureza do nódulo.
Elastografia
É um método considerado revolucionário por oferecer uma nova informação na área da imagem. É capaz de avaliar o grau de elasticidade ("dureza") dos tecidos normais e doentes. Os tumores nocâncer de mama são duros e fixos, enquanto o tecido mamário saudável é mais mole e flexível. Assim é possível fazer uma diferenciação mais clara e evitar falso-positivos. Assim como o Doppler, é um método adicional ao ultrassom.
Ressonância Magnética
Combinando campos magnéticos, ondas de rádio e sistemas de computador para obter imagens tridimensionais, esse exame sem radiação é utilizado para ver a extensão de uma alteração registrada na mamografia ou no ultrassom. A realização é discutida e decidida pelo médico que estiver tratando a paciente. A RM é o exame que melhor define a situação em pacientes com suspeita de rompimento de prótese.
Biópsia
É o único exame capaz de diagnosticar o câncer ao examinar minuciosamente o tipo do tecido doente. Retira-se um pedaço do nódulo suspeito por meio de uma pequena cirurgia (ou com agulhas, dependendo do tipo de nódulo). O material é analisado e, caso necessário, faz-se a cirurgia para retirada do tumor alguns dias depois. Existem vários tipos de cânceres de mama que podem se apresentar de diferentes formas. Alguns como calcificação, outros como nódulos e outros que infiltram o tecido normal de uma forma tão sorrateira que não podem ser distinguidos nem pela mamografia, nem por outros métodos.
Alguns nódulos malignos têm as mesmas características dos benignos nos exames de imagem. A velocidade de crescimento dos tumores também é outro fator importante. Os de crescimento rápido aparecem no intervalo entre as mamografias anuais. As mulheres devem consultar um ginecologista pelo menos uma vez ao ano, quando, através de exame clínico, avaliação da história familiar e pessoal, ele poderá definir o tipo de exame mais indicado.
Caso a paciente note qualquer alteração nas mamas (como nódulo palpável, descamação no mamilo, secreção espontânea de cor clara ou com sangue, retração do mamilo ou da pele, etc.), deve procurar imediatamente um médico ginecologista ou mastologista para investigar a alteração.
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